UMA ASSINATURA INCONFUNDIVEL: MAISON MARTIN MARGIELA

Faz algum tempo queria fazer esse post, sobre a grife Maison Martin Margiela. A marca foi fundada em 1988 pelo designer Martin Margiela (que já havia trabalhado com Jean Paul Gaultier), porém em 2009 não assinará mais a coleção que havia sido apresentada. Quem anunciou sua saída foi seu sócio também dono marca Diesel. A Maison é uma marca que trabalha com alta costura e esbanja criatividade em todos seus desfiles, trazendo sempre uma inovação na apresentação das peças.

Eu queria mesmo era falar sobre a coleção inverno 2013 que foi apresentada em Paris este ano. É uma coleção incrível e super rica em detalhes (como de costume), neste desfile as modelos estraram com máscaras deluxe feitas a mão cobertas por cristais.

As máscaras feitas artesanalmente carregavam cristais da Artisanal Collection. Uma curiosidade da marca é que as etiquetas até a saída de Margiela não carregavam sequer o nome “Martin Margiela”  da marca e eram identificadas apenas com números. O nome da marca passou a ser identificado em algumas peças após a saída do designer, junto com os números que vão do 0 ao 23.

Todas as 15 modelos entraram com seus rostos totalmente cobertos e a máscara era apenas amarrada nos coques feitos com as próprias madeixas. Os cristais surgiram em diversas cores como tons de amarelo, bordô, azul turquesa e preto. E claro o resultado foi uma apresentação in - crí - vel.

Uma das características que mais me chama atenção é a forma como grandes marcas trabalham o valor em si da marca, do nome que ela carrega, coisa que é pouquíssimo trabalhada nas marcas brasileiras, claro que é fácil reconhecer peças de alguma marca, mas me refiro mais especificamente a passarela, a imagem e o impacto que ela causa, coisa que a Maison nunca deixou a desejar (claro que não são todas as marcas nacionais que não sabem trabalhar e investir neste quesito).

Normalmente quando o desfile é comercial nas marcas nacionais o mais diferente ou é um cabelinho aqui ou um delineador e sombra ali, em quanto linhas de alta costura desfilam roupas totalmente comerciais trabalhando em cima de uma assinatura, sem perder o brilho e chamando atenção em algo que caracterize sua marca e que não deixe passar em branco.